Este post é em homenagem a Vera. Ontem acho que “traumatizei” minha colega de plantão...rs... para variar gerei uma certa “polêmica” entre o pessoal, então prometi que escreveria algo aqui. A polêmica ocorreu por conta dela dizer que havia estimulado um bebê a chorar logo ao nascer... procedimento perfeitamente usual realizado por todos (a maioria) os profissionais nas maternidades. Então eu disse que na realidade o bebê não deveria chorar, o choro é sinal de uma sensação muito dolorosa, e essas sensações ficam na memória da criança.... bem como as sensações de prazer. Não tiro a razão do espanto dela e todos que estavam a minha volta quando fiz este comentário, afinal todos (médicos e enfermeiros) aprendemos que o choro forte é sinal de vitalidade, inclusive um dos parâmetros a serem avaliados no APGAR (notinha que a criança recebe ao nascer). O choro está embutido na imagem que as pessoas teem de um nascimento saudável, até as mães ficam apavoradas se o bebe não chorar. Bem, para esclarecer minha teoria.... na realidade não é minha (nem de longe) faço outra sugestão de leitura: “NASCER SORRINDO” do médico obstetra Frédérick Leboyer, escrito na década de 70. Neste livro poético, o autor explica o nascimento da perspectiva da criança, nascer não é fácil é uma adaptação ao novo mundo, às novas sensações, cada bebê tem seu tempo. Cortar o cordão após o termino da pulsação, ter seu corpinho tocado primeiramente pelas mãos de sua mãe de maneira suave e tranqüila, nascer na penumbra, no silêncio.... assim deve ser a chegada de uma alma ao mundo....suave, sem traumas desnecessários. Gritos de alegria, luzes fortes e estímulos vigorosos... fazem o bebe chorar...de dor. Ok, ai me perguntam, mas como o bebê respira? Como vai encher o pulmão de ar sem chorar? Primeiramente enquanto o cordão pulsar ele estará sendo oxigenado, e segundo ele não precisar chorar, e sim RESPIRAR ... dará apenas um ou dois (ou quantos necessitar) gritos de expansão pulmonar. No livro o autor mostra fotos tiradas de recém nascidos, com expressões de dor e agonia...e as comparam com imagens dos que são recebidos de maneira tranqüila (como tem que ser)... genteee, com certeza faz diferença. O nascimento de uma criança pode influenciar positiva ou negativamente a vida desta pessoa... o que desejamos ao futuro dos nossos filhos? Indivíduos calmos e seguros ou violentos? Como nós profissionais podemos contribuir para um mundo melhor? São atitudes muuuuuito simples e que farão toda a diferença na vida desta criança. “Viver livre significa respirar livremente” (F. Leboyer)
Adelita? Sinceramente a teoria ao meu ver é mais que comprovado diante dos fatos, perfeita! Uma pena que haja opositores e até rechaças sobre o assunto! Enfim, confesso que estou louca pra ler esta literatura! Inté!Beijo da Si.
ResponderExcluirAdorei Adelita!
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